Em agenda nesta semana no Estado, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB) destacou que o debate sobre sua candidatura ao Senado em 2026, ficará para dezembro, debate a ser alinhado junto do presidente Lula.
Nesta semana, negou ao Correio do Estado a boataria de que vai trocar o MDB pelo PSB para ser candidata ao legislativo por São Paulo nas eleições gerais do próximo ano.
"Se eu for candidata, provavelmente vai ser um debate para o final do ano ainda, lá para dezembro, o que meu coração pede é ser candidata para o Mato Grosso do Sul", disse ao Correio do Estado.
O aval veio após consulta feita pela reportagem à direção nacional da legenda sobre a possibilidade de a ex-senadora tentar retornar ao cargo em 2026 pelo partido, já que o ex-governador André Puccinelli, presidente de honra da legenda no Estado, declarou, no dia 4 de julho deste ano que, para ela ser candidata teria de deixar a sigla ou trocar Mato Grosso do Sul por São Paulo em razão da aproximação com o PT.
Em nota oficial enviada ao jornal, o MDB nacional disse que “nenhuma decisão foi tomada” sobre a questão, entretanto, completou que “se o tema chegar à executiva nacional, será deliberado de forma colegiada”. “De antemão, informamos que Simone Tebet tem todo o apoio para ser candidata em Mato Grosso do Sul se ela decidir por esse caminho”, destacou o partido.
Do mesmo modo, disse que a sondagem de outros partidos é algo natural. "É natural que outros partidos nos procurem. Não procurem só a mim, procurem outros ministros também. Sou do MDB desde criancinha, eu nasci dentro do partido, eu sou fiel até nisso, né? Um único namorado, um único marido e um único partido.", disse.
Portanto, se porventura a ministra for candidata ao Senado no Estado, é muito provável que ela faça a mesma coisa para que a relação dela com o presidente Lula possa tirar votos dos demais candidatos do MDB, incluindo André Puccinelli que tentará uma vaga na Assembleia Legislativa.
O Correio do Estado apurou que, em uma eventual candidatura de Simone Tebet a senadora pelo MDB em Mato Grosso do Sul, não pedirá votos para o presidente Lula quando estiver nos palanques de colegas do próprio partido ou de outras legendas ligados ao PL de Bolsonaro, como é o caso do governador Eduardo Riedel (PP), em respeito ao posicionamento deles.
Além disso, é bem provável que o MDB, mesmo apoiando um candidato em nível nacional, vá liberar as bancadas regionais, como aconteceu quando o ex-presidente da República, Michel Temer, foi candidato a vice na chapa da ex-presidente da República, Dilma Rousseff (PT), e, em Mato Grosso do Sul, o partido teve liberdade de apoiar quem quisesse, com anuência da executiva nacional, em função da rivalidade dos emedebistas com os petistas no Estado.
Correio do Estado